domingo, 7 de outubro de 2012

PSB: 2014, 2018

Predição envolve problemas até nas ciências exatas. Na política, onde quase tudo são nuvens, é ainda mais difícil uma grau razoável de acerto. Na prática é o dia a dia das avaliações conjunturais que vai corrigindo as leituras, salvo as falhas em que o olhar comprometido vai para o lado errado. 

De qualquer forma a leitura de Ilmar Franco, rebatida para o DF e focada em 2014 dá uma pista das escolhas que o PSB poderá fazer. Se não for o esperado, esperançado?, compondo um grupo independente alternativo, a possibilidade poderá ser a do compromisso com a base de governo do âmbito federal. Não é apenas Eduardo Campos quem não precisa ter pressa. Rollemberg, que sempre parece bem alinhado à Campos [1], também pode ser mais sensível às demandas das bases de seu partido e não ter pressa pressa alguma de ser alternativa à atual estrutura de poder no DF.

[1] A evidência se produziu alguns meses atrás, antes até do PPS se afastar do governo do DF, quando Rollemberg viajou à Pernambuco falando em se afastar do governo e voltou com o discurso bem mais brando, já falando em esperar uma oportunidade e na unidade interna.

DC

Eduardo Campos e o PMDB, por Ilimar Franco 

Ilimar Franco, O Globo 

Desde que seu nome passou a ser cogitado para concorrer ao Planalto, em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB) tem conversado com a cúpula do PMDB. Um dos dirigentes do partido resume a estratégia do socialista: “Eduardo não quer acirrar nem antecipar confrontos. Ele quer estar bem com o PMDB para obter seu apoio em 2018. Depois de 16 anos de PT no poder, é a vez da mudança de eixo na base aliada. Ele quer ter o maior partido ao lado dele. Para 2014, ele não tem o PSB unido. Márcio Lacerda está com o Aécio, e Cid Gomes, com Dilma. Em 2018, não será fácil para Dilma fazer alguém. Vai ser a hora dele. E ele espera a simpatia do PMDB”. 

sábado, 6 de outubro de 2012

O FAC DF E A PRODUÇÃO ARTÍSTICA




Infelizmente no Brasil o financiamento da cultura via sociedade[1] é moeda rara e a leitura de cultura estatizante foca a “obrigação” do Estado em financiar e subsidiar desde parafusos até peças de teatro. Obviamente tudo por conta do contribuinte desavisado que mal sabe avaliar o “quanto” isso custa, já que boa parte vai embutido nos preços ou nos descontos do IRPF na fonte. 


Até a regulamentação do Fundo o Conselho de Cultura do DF era uma instituição esvaziada. Após a regulamentação e a decisão de destinar uma cota percentual do orçamento do DF o Conselho passou a ser um local visado por todos os interessados no financiamento da cultura do DF. Nada de excepcional. 

Excepcional é a dificuldade de obter recursos do Fundo,"...O cineasta Pedro Lacerda, disse que o excesso de burocracia está "matando na origem quem quer produzir algo artisticamente" e que os recursos do fundo "estão parados..." ou e o aparelhamento que o fundo vem sofrendo na gestão petista. O deputado Abrantes fala em democratização, difícil vai ser realizá-la neste governo..Ainda segundo Abrantes "a falta de uma legislação local que traga incentivos fiscais às empresas será suprida por uma futura lei de Incentivo à Cultura.

Está certa Eliane Pedrosa quando cobra maior equilíbrio nas ações de financiamento das empresas públicas. Uma simples avaliação dos investimentos por setor mostra o total desequilíbrio. 

Quase chegamos no Fundo visto como uma peça orçamentária complementar para investimentos em outras áreas, fora da lógica para a qual ele foi organizado. Felizmente o Fundo não vai precisar financiar a festa de réveillon do governo do DF e menos ainda os artistas globais. Quantos artistas iniciantes poderiam ser financiados apenas com o recurso de uma Sangalo da vida?

As auto-homenagens sobre o volume de recursos para o fundo poderiam ter sido evitadas, já que ele, o aumento dos recursos, vem sendo o resultado de muita luta das pessoas envolvidas na produção cultural do DF e não de um ato de vontade dos governantes seja Roriz, que é onde começou, Arruda, Rosso ou Agnelo.

No fim do dia o que falta mesmo é uma Política Cultural, estável e fundamentada para o DF. Será esta política que dará as linhas de confiabilidade e incentivo para que a produção cultural do DF se revele e se espalhe pelas cidades, dando os seus frutos de saber multiplicador. 

Para ser efetiva a Política Cultural precisaria estar conectada com a Política Educacional, é nas escolas que estará um dos celeiros para o desenvolvimento de vocações. Nesse sentido a implantação do horário integral é fundamental para a conexão entre política cultural e educacional.

A politização da questão cultural não é a manipulação ou a sua hegemonização-para-o-poder. O que esse debate indica é a imediata necessidade de resgatar a tradição de entender o projeto cultural como uma parte significativa, substancial, do projeto político transformador. 

Cultura não é apenas para "se ver". É para ser praticada.



[1] Não como na Europa ou EUA, por exemplo, uma tradição de legados cedidos à cultura via herança ou doações das famílias e indivíduos, os caminhos para as pequenas doações são complexos e nada divulgados, as empresas que fazem ações na área cultural são poucas e seu financiamento é alinhado com as metas das empresas. Do outro lado, se há um mercado para geladeiras e celulares o mercado da cultura convive com uma prioridade “zero” na lista de consumo das famílias e limitado ao ponto haver propostas para uma “bolsa-cultura”.

Artistas criticam excesso de burocracia no FAC


O financiamento das manifestações culturais do Distrito Federal foi tema da comissão geral  no plenário da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (4). Entre os artistas, as críticas focaram a excessiva burocratização do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e falta de uma legislação local que traga incentivos fiscais a empresas que invistam em produções culturais. Já os representantes do GDF destacaram a ampliação dos recursos do FAC, que conta com um orçamento de R$ 42 milhões para 2012.

Abrindo o debate, o deputado Cláudio Abrantes (PPS) destacou a importância de se conferir "um caráter mais democrático à cultura do DF" e anunciou que o dia 8 de novembro está reservado para a discussão da Lei de Incentivo à Cultura na Câmara Legislativa. "Quero ampliar essa discussão e garantir que a lei traga benefícios para todo o setor cultural do DF. O projeto deve ser enviado pelo Executivo na próxima semana", observou.

O cineasta Pedro Lacerda, disse que o excesso de burocracia está "matando na origem quem quer produzir algo artisticamente" e que os recursos do fundo "estão parados".  Chico Simões, mestre de cultura popular, argumentou que é preciso aumentar o diálogo entre governo e sociedade civil para aproximar as políticas públicas da realidade dos artistas. Já o secretário-adjunto de Cultura, Miguel Ribeiro Neto, afirmou que é preciso celeridade nos processos do FAC, mas sem permissividade. "Não podemos esquecer o que conseguimos, aumentamos os recursos e temos conseguido ampliar o acesso de artistas de todo o DF", garantiu.     

Responsável pela gestão do FAC, o subsecretário de Fomento da Secretaria de Cultura, Leonardo Hernandes, comentou que o fundo passa por um processo de reconstrução e ampliação. Hernandes relatou que a atual gestão encontrou o FAC "à beira da intervenção e mal visto pelos órgãos de controle". "O FAC agora é uma subsecretaria e está muito mais transparente, com a possibilidade de que as pessoas que apresentaram projetos tenham acesso à todas as informações de seus processo e até dos concorrentes pela intenet. Essa transparência gerou um volume de informações muito grande, para o qual não estávamos preparados", explicou.
Estreando como líder de governo na Câmara Legislativa, a deputada Arlete Sampaio (PT) ressaltou o crescimento dos valores destinados ao FAC, que passaram de R$ 7 milhões, em 2007, para R$ 42 milhões este ano. "O FAC é uma conquista que deve ser preservada". A deputada também destacou que "a economia criativa é uma oportunidade de desenvolvimento para a cidade" e que a Lei de Incentivo à Cultura tem que "significar um maior aporte de recursos" no setor.

Mobilização – O maestro Rênio Quintas, representando o Fórum de Cultura do DF, enfatizou a importância de o movimento cultural ter se mobilizado para enfrentar a ameaça de que o GDF usasse parte dos recursos do FAC para o financiamento de eventos.  Na semana passada, a Secretaria de Cultura anunciou que não remanejará valores do fundo. "Essa movimentação serviu para colocar a Cultura na pauta do governo. Senão tivéssemos reagido, essa fonte de recursos poderia ter acabado", afirmou o músico.

A deputada Eliana Pedrosa (PSD) parabenizou o movimento cultural pela mobilização e valorizou a Câmara Legislativa com espaço da formatação final das leis, fiscalização e via de interlocução com o Poder Executivo. "As empresas públicas, por exemplo, deveriam equilibrar os patrocínios entre eventos esportivos e culturais, o que propiciaria mais recursos para os artistas do DF"   

Bruno Sodré - Coordenadoria de Comunicação Social

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PT SE PREPARA PARA TENTAR CONTROLAR A MÍDIA BRASILEIRA

Depois do mensalão, vem aí a censura...
Fonte: Tribuna da Internet - 04/10/2011

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), irmão do réu do mensalão José Genoino, lançou uma ameaça por vídeo:

“Passadas as eleições, nós do PT vamos tomar uma medida quer queiram, quer não queiram. É a regulamentação da questão da comunicação no país. Vamos ter que enfrentar esse debate porque foi além do limite. Temos que mobilizar a militância, fazer um apelo aos “democratas” deste país porque a mídia não pode ser partido político”. “Temos que reagir à altura a essa ação da elite brasileira, de setores da mídia brasileira que querem interditar o projeto vitorioso do PT.” ...


Pela tosca ética petista, falar bem deles é exercício da liberdade; criticá-los é prática golpista que precisa ser censurada, com leis condenatórias e multas contra os adversários e inimigos.

Veja aqui: http://www.alertatotal.net/


NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - O deputado José Guimarães vem a ser justamente aquele parlamentar cujo assessor foi preso no aeroporto com uma pasta de dinheiro vivo e 100 mil dólares na cueca, se não me falha a memória. Aliás, recordar é viver.

Por: Adriano Magalhães

PROPOSTA DE AGNELO PARA PROFESSORES É IRRESPONSÁVEL

A reunião de negociação do GDF realizada hoje com o Sinpro foi a prova definitiva de que o Governo Agnelo não trata com a devida importância o processo de construção de uma política de valorização da Carreira de Magistério Público do DF. A proposta financeira apresentada para os próximos anos, de tão sem propósito, chega mesmo a ser de difícil explicação. Mas vamos tentar:


1º – O GDF propôs a incorporação da Tidem em 4 parcelas anuais, com a primeira para setembro de 2013 e a última em setembro de 2016;


2º – Esta incorporação representará um impacto bruto na folha de pagamento de 15% até 2016, sendo que o reajuste líquido para cada professor será algo em torno de 8% nos 4 anos. Isso mesmo! Pela proposta do GDF vamos ter 8% de ganho salarial dividido em 4 parcela anuais, o que representa a cada ano mais ou menos 2% de reajuste no contracheque!

4 – Pela proposta do Governo Agnelo durante estes 4 anos somente os professores que hoje tem Tidem receberão o reajuste referente a incorporação. Ou seja: quem hoje não tem Tidem (profs de 20h ou 40h sem dedicação) não receberão nenhum ganho salarial.

5 – De setembro de 2013 até setembro de 2016 o único ganho salarial da categoria seria este. Já a inflação do período ficará em, no mínimo, 20%. Isso comprova que a proposta apresentada pelo Governo, se aceita, representará até 2016 um enorme rebaixamento salarial.

Só para vocês terem uma ideia: pela proposta do Governo o professor que vai ter o maior ganho salarial receberá até 2016 mais ou menos 630 reais. Isso mesmo! 630 reais que dá pouco mais de 150 reais por anos de ganho salarial.

É uma vergonha absoluta! É inacreditável! Só pode ser coisa de quem gasta mais tempo viajando para o exterior do que cuidando dos problemas da Educação.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

AS VERDADEIRAS MENTIRAS NO DF


É irresistível o jogo de palavras, pois a política do DF passa mais pelo registro das nuvens do que pelos fatos. O único fato concreto é que a disputa de 2014 já está em andamento. Os principais personagens vão se posicionando cautelosamente no cenário. Detalhe: não faltam ambições de olho na dadeira de Agnelo, que quer continuar lá.

É muito cedo, mas é certo que Agnelo dependerá de situações fora do DF para saber se tem ou não chances de se reeleger. A depender dos resultados das eleições municipais e do julgamento do Mensalão o PT nacionalmente poderá ficar bastante fragilizado, mesmo que Dilma, como Lula, fique descolada das confusões e consiga manter em crescimento mesmo que baixo, segurando a renda da classe média "emergente". Pode ser que Agnelo injete mesmo muito recursos federal no DF. Afinal é o governo federal quem controla seu governo. Mas pode ser também que toda esta grana não resolva.

A fragilização do PT abre espaço tanto para o PSB, quanto para o PMDB. 
Rollemberg na sua postura de "oposição situacionista" vai procurando caminhos, pelo que parece alguns bem estranhos, de composição de forças. 
Dizer que o PMDB está casado com Agnelo é desconhecer todo o jogo de forças nacional e, principalmente, as ambições, bem grandes, de Pitmann. 
Para o PDT dar espaço para o senador Buarque concorrer à presidência seria preciso que antes que os seus militantes abdicassem de todos os seus numerosos cargos no governo federal. Alguém acredita mesmo nisso? Saindo a governador pelo DF o senador teria espaço para ser oposição á Agnelo e situação com relação à Dilma? Dai vai faltar combinar o jogo com Reguffe, que olha bem de longe toda a confusão do DF e não se envolve ou se compromete com clareza. Nem contra. Nem à favor de nada. Talvez pensando a ser o novo Agnelo do pedaço e que as coisas lhe caiam no colo.
Ainda dá para citar outros players importantes: Roriz, que absolutamente não está morto; Arruda, que precisa se fazer de morto; e um novo e poderoso ator no processo, Agaciel Maia. Não faltam a ele recursos e vontade para jogar o jogo. 

O que a política do DF precisa é de oxigênio, muito oxigênio e propostas descomprometidas com a imensa estrutura patrimonialista instalada aqui desde a construção da cidade. Propostas que sejam estruturadas, mas também claras. Sem muro,  sem oportunismo, sem conveniências de usar o poder para permanecer no poder, opostas àquelas sem qualquer preocupação em respeitar o contribuinte que vê no dia a dia seus recursos apropriados em favor de grupos de interesse.

Quem sabe uma cara nova em candidatura própria? Não por marketing, mas pelo descompromisso com o que rola por ai.

DC


As verdades e mentiras da política no DF

Fonte: Estação da Notícia - 02/10/2012

1 – Uma previsão parece bem factível para o quadro eleitoral de 2014: o senador Cristovam Buarque (PDT) tentará ser candidato à presidência da República, caso o PDT concorde. Se houver uma reposta negativa do partido, Cristovam tentará disputar a sucessão de Agnelo Queiroz no DF.

2 – O deputado federal Reguffe (PDT) marcou para março do próximo ano o prazo para decidir que caminho tomará na política do DF. Todos os dias o parlamentar recebe apelos de aliados para que dispute o Palácio do Buriti em 2014. ...

3 – O governador Agnelo Queiroz “liberou” o deputado distrital Wellington Luiz (PPL) para trabalhar para o Sinpol e pela greve dos policiais civis do DF. O parlamentar perdeu quase todos os cargos que tinha no GDF, a partir do administrador do Varjão, Hélio Chagas, demitido na segunda-feira. Wellington Luiz está livre para procurar um novo caminho.

4 - O ex-governador José Roberto Arruda não será candidato a nada nas eleições de 2014. Ele sabe que não tem qualquer chance.

5 – O Tribunal de Contas do DF está barrando o contrato de manutenção para as viaturas da PM. Resultado: centenas de carros estragados estão parados no pátio da corporação.

6 – O presidente da Câmara Legislativa do DF, Patrício, sonha em conseguir ser o herdeiro dos votos do ex-deputado federal Paulo Tadeu, hoje confortavelmente instalado no TCDF.

7 – O polêmico deputado distrital Olair Francisco (PTdoB) nunca pensou em renunciar o mandato. Só não quer mais ler gibi.

8 – O PMDB-DF está “casado” com o “novo caminho do PT, mas sente uma saudade das grandes transformações de Joaquim Roriz e da legalidade de José Roberto Arruda”.

9 – Os aliados do presidente da OAB-DF, Francisco Caputto, estão apostando na sua reeleição e já planejam lançá-lo candidato a deputado federal nas eleições de 2014.

10 – O secretário de Habitação e deputado federal licenciado, Geraldo Magela (PT), trabalha para eleger o seu adjunto Rafael Carlos de Oliveira para deputado distrital em 2014. Para a difícil missão contaria com o apoio das cooperativas habitacionais do DF.

11 – O ex-governador Joaquim Roriz (sem partido) está trabalhando muito nas eleições do Entorno, juntamente com sua filha a deputada distrital Liliane Roriz (PSD). Nos últimos dias Roriz participou de comícios em Cristalina, Luziânia e Planaltina de Goiás.

12 – O policial militar João Dias prepara uma nova investida contra o agora conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Paulo Tadeu. Dizem que o PM teria documentos e fitas. Aguardemos...

13 – Pessoas ligadas à oposição preparam um minucioso dossiê contra um advogado amigo do governador Agnelo Queiroz. Resta saber se existem provas verdadeiras.

14 – Até aliados do senador Rodrigo Rollemberg (PSB) já andam dizendo que a deputada distrital Liliane (PSD), filha do ex-governador Joaquim Roriz, seria uma excelente companheira de chapa do senador. Aguardemos.



15 – O governador Agnelo Queiroz (PT) começou a trabalhar para a sua reeleição. A largada foi dada com a colocação Paulo Tadeu no TCDF. E um detalhe: contou com todos os votos da chamada oposição.

16 – O PSD deve eleger prefeitos em grandes cidades do Entorno, tipo Luziânia e Cristalina etc.

17 – O presidente da Câmara Legislativa, Patrício, não da qualquer sinal de que já está prestes a pagar as dívidas com os veículos de comunicação. Dos R$ 26 milhões de verba, apenas R$ 19,317 milhões estão empenhados para pagamento. Salvo engano, Patrício pagou até agora apenas R$ 144,8 mil.

18 – O corrupto Valdemar Costa Neto convocou uma coletiva para hoje. Diz no texto distribuído que vai quebrar o silêncio. Só tomou tal decisão depois de condenado. Muito estranho.

19 – Gim Argelo é um camarada de sorte. O mandato de senador caiu no seu colo sem ter recebido um só voto em função da renúncia de Joaquim Roriz. Agora, o sortudo senador pode ganhar a direção do PTB com a condenação de Roberto Jefferson.

20 – O empresário Eduardo Pedrosa ganhou liminar na justiça para que a sua chapa “Resgatando a paixão pelo futebol do Distrito Federal” possa disputar a eleição para a Federação Brasiliense de Futebol. A votação será na próxima quinta-feira.
Fonte: Estação da Notícia - 02/10/2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ABRANTES SERÁ MESMO LÍDER DO GOVERNO AGNELO?

Corre pela cidade a notícia de que o deputado Abrantes estaria escalado para ser Líder do governo Agnelo na CLDF. 

Certamente o deputado espera ser vitorioso na sua demanda junto do TRE DF solicitando que possa se desfiliar sem perder o mandato. 

É a única coisa que faz sentido, pois do contrário, se assumir a liderança e ainda estiver no PPS certamente será um caso cristalino de infidelidade partidária, já que o PPS é oposição ao governo. Abrantes vai correr o risco?

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO TC DF

Há uma clara tentativa de intimidar o TC DF. A senha veio do discurso de um parlamentar governista, Cabo Patrício(PT), que disse ser a missão de Paulo Tadeu "abrir a caixa-preta do Tribunal de Contas do DF". É bom lembrar que Cabo Patrício agora faz parte do mesmo grupo político de José Dirceu.

Parece que a leitura governista é que o tribunal é composto por indicados por pessoas que estão na oposição ao governo do Distrito Federal e que, portanto, é suspeitíssimo para cobrar medidas como a que exige que o Procon substitua o cabos eleitorais comissionados por pessoas aprovadas no concurso para o órgão.

Então tá....

DC 

Sobre o bom e o mau jornalismo

Em relação à reportagem publicada hoje, dia 1º de outubro de 2012, no jornal Metro Brasília, o Tribunal de Contas do Distrito Federal esclarece que não existe hostilidade do TCDF em relação ao Governo. Todas as ações do Tribunal são tratadas em processos instruídos pelo competente corpo técnico, analisados pelo Ministério Público e pelos relatores dos autos e votados em Plenário, sempre levando em conta os princípios da legalidade, legitimidade, efetividade, eficácia, eficiência, economicidade, moralidade e impessoalidade na gestão dos recursos públicos.

A Corte ainda esclarece que questiona editais de licitação não por motivações políticas, mas para corrigir falhas técnicas e legais e impedir prejuízos ao erário. O TCDF tem determinado, por exemplo, a correção de erros com preços acima dos praticados pelo mercado, duplicidade de serviços, projetos básicos deficientes e outras falhas que vêm ocorrendo reiteradamente. E é exatamente essa fiscalização que contribui para garantir que o dinheiro do povo seja aplicado de maneira correta e em benefício de todos, bem como no resguardo dos gestores públicos (levando em consideração a prestação de contas).

Em algumas licitações apontadas na matéria do Metro, erros que prejudicariam a população e ofenderiam a legislação foram corrigidos graças à intervenção do TCDF. No edital lançado para renovar da frota de ônibus, por exemplo, foram encontradas várias falhas, como a falta de detalhamento dos ônibus e dos itens de acessibilidade, ausência de estimativa de valores e problemas no cálculo da tarifa. No caso da licitação para a manutenção de viaturas da Polícia Militar, o corpo técnico constatou que, na maior parte dos itens, os preços estabelecidos no edital eram bem maiores do que os preços de mercado. A diferença de valores passou de 1.500% em algumas peças.

Em relação à área da Saúde, o TCDF confirma que vem atuando não só na fiscalização de contratos, mas em auditorias operacionais e de desempenho e, assim, contribuindo para melhorar o atendimento na rede, garantir a manutenção de equipamentos, verificar a correta distribuição de medicamentos, aprimorar o desempenho dos profissionais de saúde etc.

A referida reportagem traz ainda a seguinte frase que teria sido dita pelo presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado distrital Patrício (PT-DF): “Nós sabemos o que o GDF tem enfrentado nesse um ano e nove meses”. Tendo em conta o teor da declaração, é dever do parlamentar pontuar o que o Governo tem passado nesse período para que a Corte possa evidenciar a sua correção técnica.
Conforme consta na nota destinada à população e publicada no site do TCDF no dia 28 de setembro, o Tribunal de Contas do Distrito Federal reitera que prima pela transparência e publicidade, possibilitando o acesso às informações relacionadas aos atos, decisões, auditorias, despesas, gastos com pessoal, formas de contato e outras atividades. Isso se dá por meio do site do TCDF na internet, pelos perfis oficiais nas redes sociais, pelo Diário Oficial do DF, nas sessões públicas e por meio da imprensa. O TCDF, inclusive, foi o órgão pioneiro no Distrito Federal a regulamentar e aplicar a Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), por meio da Portaria N.º 128, de 14 de maio de 2012. Além de possuir um Serviço de Informação ao Cidadão, composto pela Ouvidoria, pela Sala de Atendimento ao Público e pela Assessoria de Comunicação Institucional, a Corte tem divulgado constantemente notícias de interesse da sociedade, independentemente de solicitação.

Isso mostra que não existe “caixa preta” no Tribunal, conforme teria afirmado o presidente da CLDF, Mas, se o deputado estiver apoiado em qualquer fato para ter dado essa declaração, é dever dele indicá-lo para que o TCDF o apure.

O Tribunal de Contas do DF ainda esclarece que é a legislação que define a composição do pleno da Corte. Segundo o artigo 82, §2º, da Lei Orgânica do DF, “os Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal serão escolhidos: I – três pelo Governador do Distrito Federal, com a aprovação da Câmara Legislativa, sendo um de livre escolha, e dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;II – quatro pela Câmara Legislativa. No caso dos cargos de auditor e membro do MPjTCDF, o acesso é feito por meio de concurso público de provas e títulos em nível nacional.

Além de apurar com responsabilidade, as regras do bom jornalismo ditam que um repórter comprometido com a verdade deve sempre ouvir todos os lados envolvidos no assunto reportado. O TCDF informa que em nenhum momento foi procurado pelo repórter Raphael Veleda, que assina a matéria, para esclarecer os fatos relatados. Essa atitude contribui para semear a discórdia injustamente e enfraquecer a fiscalização dos recursos públicos no Distrito Federal.

Fonte: TCDF